quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"TROLLS"

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Coisa que sempre caracterizou "The Braganza Mothers" foi a total liberdade de pensamento e expressão, coisa que dói e pesa a muita gente. Sobre outros blogues, somos um espaço onde as pessoas gostam mais de vir ler do que de comentar, e esse é um dado com o qual teremos de viver e conviver. Friamente analisado, o comentário, às vezes, é um mero acrescentar a algo que não fica dito, e quando tudo fica dito, não vale a pena, mesmo, comentar.
O direito de oposição sempre esteve garantido, e apenas ficavam de fora os palavreados erráticos, que nada tinham a ver com o tema proposto, e eram a pobre manifestação de pequenos desastres pessoais que necessitavam avidamente de palcos de grande exposição, como o nosso.
É verdade que isso conduziu a vandalização e a "cyberbullying", mas, após uma pequena peritagem, na qual nos foram muito úteis o "Google" e o "Blogger", foi delimitado o problema, que, afinal não passava de ser sempre mais do mesmo...
Paulo Querido, velho "guru" das Coisas Virtuais, conta um exemplo sobre o qual todos devemos meditar: "Durante anos experimentou os benefícios: comentadores agradados, comentadores simpáticos, comentadores filosóficos, comentadores críticos, comentadores colaborantes. Não registou nenhum caso dos horripilantes. Nem sequer dos feios. Desagradáveis, só dois ou três sujeitos e sujeitas equivocados em relação aos conteúdos, enviados pelo Google em resultados especulativos de pesquisas, e que usaram o tratamento por tu indevidamente. Até um dia. O dia em que passou a ter um novo nick a comentar. A “nova” personagem, descuidadamente inábil, comportou-se como um verdadeiro troll: comentários pessoais sem nível, depressa esquecido o disfarce de tentar estar dentro do tópico, depreciações ad hominem, considerações que revelavam a linha da proximidade.O blogger meu conhecido não precisou de paciência, tempo e grandes investigações para confirmar as suspeitas sobre a identidade do seu troll — e raramente o pronome possessivo é tão bem aplicado. Era nem mais nem menos do que a pessoa que o tinha repetidamente prevenido para os perigos das caixas de comentários. It just fits. Desmascarado, não voltou. Ainda (durante algum tempo). Regressará (regressou) um dia destes muito provavelmente com mais um nick do sexo oposto — uma perversidade que encaixa tanto na pessoa como num quadro comportamental online algo frequente."
Dado isto, e apesar disto, a partir de 1 de Outubro voltam a estar totalmente livres os comentários nas nossas caixas, pelo que agradecemos os vossos contributos: como dizem duas velhas máximas, "quem não deve não teme", assim como "o ridículo... mata".
Boa leitura e bons comentários :-)
LEYA O TEXTO INTEGRAL AQUI


  • The Braganza Mothers"
  • quinta-feira, 10 de julho de 2008

    As Chocas Nacionais

    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

    Imagem do período arcaico do KAOS
    Dedicado à E-Ko, que resolveu voltar à La Cage aux Folles...
    Há dias em que não me apetece escrever nada, mas os disparates são tantos, que é a mesma coisa que uma Musa nos vir bater à porta e nós lhe darmos o tratamento de choque que costumamos dar às Testemunhas de Jeová, com o devido respeito para com a mãe do Sr. Primeiro-Ministro.
    Para mim, a notícia do dia foi o morcego nas mamas da outra, eu já a imaginar a Maria Cavaco Silva, toda de setins, com um morcego enfiado nas mamas, a beijar a mão ao Ratzinger, e o mamífero a esvoaçar, e o Aníbal com uma daquelas bocas do ataque epiléptico, para disfarçar a vergonha nacional. Um pouco mais de sorte, e o morcego nas mamas era... a Ingrid Bétancourt, ou... "surprise", a MADDIE!!!!!!!!..., sim, mas isto é a minha imaginação a funcionar, e isso cruza-se com a minha leitura de Morin desta noite. Diz o gajo assim: "... dado que as portas de entrada e saída do sistema neuro-cerebral, que conectam o organismo com o mundo exterior, não são mais do que 2% da totalidade, e que, então, 98% dizem respeito ao funcionamento interior, constitui-se um mundo psíquico relativamente independente, onde se entrechocam necessidades, sonhos, desejos, ideias, imagens, fantasmas, e todo esse mundo impregna a nossa visão, ou concepção, do mundo exterior...", e, aqui, eu já estava tão mal disposto que decidi fechar o livro e vir teclar, mas já com o telefone na orelha, para ouvir uma pior, porque parece que estava um toureiro -- percebo tanto de touradas como de Futebol -- a dizer, na TVI, que as chocas não eram chocas, mas chocos, ou seja, bois mansos, mas eu nem quero investigar isso, porque começo logo a escorregar pelo meu desequilíbrio interior, e começo logo a ver Lolas Chupas por tudo quanto é sítio, e a perceber de que modo é que a Tourada era, e é, a metáfora perfeita para o Heterossexualismo Passivo mal assumido dos Portugueses, e o seu ódio atávico da Mulher.
    Não, por favor, já um dia me tiraram o Pai Natal e o Mito da Cegonha, não me venham agora dizer que as chocas também são bois.
    Pronto, já me estou a reequilibrar do choque...
    Esta é para a Kaotika: Parece que o António Calvário é uma choca...
    Aliás, isto é um país de chocas, tirando o António Borges, que é uma coisa que eu nunca percebi, uma vez atirei uma boca no defunto "Expresso on-line", porque ainda não sabia quem era ele nem a Elsa Raposo, e respondeu-me uma voz grave, lá do fundo, suponho que daqueles timbres do Philippe Boutton (de Rose) que me disse que o Borges era "Dean" de não-sei-o-quê, o único Dean que eu conheci foi o James, a quem os produtores de Hollywood apagavam os cigarros nas costas, e que ascendeu na horizontal, acedendo a todos os desejos gerontófilos da Mafia Judaica do cinema californiano. Agora, explicar a um gajo com 18 anos que o James Dean foi comido pela velhada toda, e que lhe chamavam o "cinzeiro humano".... imediatamente me iam dizer, "lá está aquele entregue aos seus 98% de deriva interior..."
    O que é certo é que saber que o Borges era "Dean" foi um choque brutal, porque, quando olho para ele, vejo um daqueles que eu costumo encontrar nas férias, nas bordas das piscinas, ou à disputa do "voucher" da espreguiçadeira, o dia inteiro com uma venda nos olhos e uns "walkmans" enfiados nos cornos, enquanto, por cima das cabeças deles passam fantásticas revoadas de pássaros tropicais, os golfinhos caem por cima de nós, em pescarias de fantasia, e as velhíssimas e anacrónicas equinóides estão à distância de enterrar uma mão na areia, cheias de sentimentos e pavores do Câmbrico.
    Ali, tudo é calma, luxúria e voulptuosidade, excepto para os "Deans" deitados nas suas ridículas espreguiçadeiras.
    Resumindo: os eternos sorrisos do Borges, que, para mim, é uma espécie de Barbie que se foi daqui, e que, portanto, se devia deixar ficar por lá, são tão impressionantes como as crises da Elsa Raposo. O rapaz tem sempre uma solução para Portugal, mas vai adiando, eventualmente, à espera de que, nessa altura, já sejamos assumidamente espanhóis, e os espanhóis pagam e podem pagar mais, como se sabe. Gosto dele, porque está eternamente bronzeado, sinal de que nunca respirou ar puro, e nunca vê o sol, e tem aquele esticado e queimado de pele típico dos ares condicionados demasiadamente bem calibrados, e dos solários do chá das cinco. Acho que é das raras chocas que gosta de mulheres, e deve ser por isso que não se mistura com a Política Portuguesa, onde os touros dominantes, excepto o Rocinante de Belém, gostam de... chocas, ou de choquinhos.
    Espanta-me que Borges não apresente nenhuma ruga no falso bronzeado, e, como, desde Aristóteles, a Natureza tem horror do Vazio, suponho que as rugas têm de estar nalgum lado, e, não estando fora, devem estar dentro: são as rugas do salvador que só virá quando já não houver mesmo salvação. Faz-me lembrar a mãozinha transpirada do Aníbal, na noite da eleição, que só se atreveu a abrir a janela da "marquise" depois de confirmado, e reconfirmado, que os Portugueses tinham MESMO decidido embarcar numa Máquina do Tempo, em direcção a 1933.
    Afora isso, gosto do Borges. Faz-me lembrar um Arnaut, do tempo do Cherne, que parecia ter ar do Estoril, mas quando abria a boca falava um pouco em forma de "axim". O Borges é ao contrário: contraiu o estigma inglês, e é igual milhões de "deans" que se passeiam diariamente pela City, a pensar na maneira mais simples de empobrecer grossas fatias da Aldeia Global. The important is the numbers. L'important c'est la rose, e só faz brilho num país de saloios e analfabetos funcionais.
    Andam aí umas más-línguas a dizer que a Bruxa do PSD é um mero entretém para que o Português perceba que virar as costas a Sócrates ainda pode ser pior. Em termos de contas de cabeça, matéria na qual sou bastante fraco, isso significa Maioria Absoluta Bisada, para os lados de Vilar de Maçada, ou maioria simples, com duas muletas-emplastro, uma em Belém, a outra na Travessa de São Coitado à Lama. Depois viria outro cenário. Ou seja, para vos baralhar ainda mais, a Bruxa seria a choca de Sócrates, para depois vir a Choca-Borges afastá-la da arena, para enfiar lá só deus saberá o quê.
    Uma arena de "Deans" e miseráveis de pé-descalço.


  • The Braganza Mothers"
  • quarta-feira, 9 de julho de 2008

    O País das soluções para lá do credível

    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
    Com imagem do KAOS, mas dedicado ao Fado Alexandrino, que escreveu o melhor argumento Maddie de sempre: aquilo, agarrado pela imaginação de Manoel de Oliveira, dava um filme com 103 horas, "non-stop", a estrear no extinto "Olímpia"
    Há uma daquelas anedotas de café, que diz que há as soluções óptimas, as muito boas, as razoáveis, as assim-assim, as más, as péssimas, as que nem lembravam ao Diabo e... as Portuguesas. Este ano, a "Silly Season" -- já repararam que já devíamos estar todos de férias, e ainda continuamos aqui, em plena câmara ardente?... -- vai seu uma "silly season" à Portuguesa. Confesso que mesmo eu, que me tenho na conta de pessoa de imaginação variada não consigo prever todos os disparates voluntários, ou involuntários, que vão acontecer até Outubro, se houver Outubro. Até lá, haverá um pessoal, com ar cada vez mais das barracas, a ir apanhar insolações em Carcavelos, e suponho que isso seja o retrato daquilo em que as políticas de consolidação orçamental transformaram o cidadão médio-baixo lusitano. Foi um bom trabalho: o Orçamento derrapou ainda mais, e o aspecto do pessoal da rua desceu a patamares próximas das Épicas Soaristas ou Gonçalvistas. Parabéns ao Sr. Sócrates e ao seu padrinho, Aníbal, bem como aos seus antecessores, que fizeram o ensaio geral, José Manuel Durão Barroso e o Portas, dos submarinos. Um pouco mais de esforço, e teremos, dentro de cinco anos, fotografias a preto e branco, para mostrar o carácter premonitório do espólio do futuro Museu do Maior Português de Sempre.
    A "Laura" anda no ataque, na Praia do Cavalo Preto, portanto, todas as ligações do ALLGarve são "dela", e fez-me lembrar, a propósito do Incêndio da Avenida, um momento do "Casablanca" -- e é aqui que entra o Alexandrino -- em que o polícia, acho que no meio de uma sarrafada qualquer, da qual já se tinha perdido o controlo, uma espécie de Maddie do Magreb, solta uma frase célebre: "prendam os culpados do costume!...".
    No incêndio da Avenida só poderia haver dois culpados, ou o Bibi, que não usa fósforos, ou o Vale e Azevedo. Disse-me anteontem, "queres apostar como vão já prender o Vale e Azevedo?...", e acertou. Coitado, não pode sair mais do Reino Unido, quem me deram prisões dessas, do género, nunca mais pode sair do Palácio de Versalhes, e eu ralado.
    Na heráldica do senso-comum, Vale e Azevedo incarna o cabeça de turco. Para mim, ignaro em Futebol como só os Portugueses em Matemática, nem sei quem seja o Vale e Azevedo, já que a minha cultura do Esférico se esgota nos tempos em que a Margarida Prieto, uma puta pré-carolinense, tinha, na "Catedral", uma capelinha de missas negras, sempre cheia de crucifixos invertidos, de velas negras, e de penas de galinha queimadas, uma nojice, mas que dava para o clube ir perdendo. Bons tempos. Suponho que tenha tudo melhorado, e agora vão às videntes da Bahia e de Fortaleza, ou lhes paguem as viagens cá. Todo o "staff" desta merda é seu cliente, e pagam 100 000 € por "desmanchos", "desencostos" e "branqueamentos". Os seus clientes são Cavaco, Mário Soares, Jorge Sampaio, assim como o foram o defunto Champalimaud, e tantos outros dessa laia. É caso para dizer que a primeira capital do Brasil se converteu, por inerência, na última capital simbólica de Portugal, e nada de mau, de aí: antes isso do que ser Harare.
    Estou com pena de Vale e Azevedo: deram-se ao trabalho de ir lá fora prender o vadio, só porque ele fazia compras nos sítios caros onde a inveja portuguesa do LIDL não podia ir. Podiam ter aproveitado para levar um mandato de captura internacional contra os McCann, mas isso já é areia a mais para a última camioneta que se chamará Portugal.
    Por todo o lado estamos a regressar ao Portugal Chão, tal como o idealizou Salazar -- "nós cá somos mais modestos...", e vai-nos acontecer o mesmo que acontece àquelas velhas dos cãezinhos lambe-conas: ao fim de décadas de convívio e intimidades com o quadrúpede, ambos passam a ter semelhanças de focinho. Prevejo que a genética portuguesa dos próximos tempos, com a taxa Euribor altíssima, a inflação estratosférica, o país todo incendiado, os vândalos a atacar pela noite e o Estado entregue a si mesmo, todos nós comecemos a ter alguns tiques fisionómicos, que parecerão os focinhos ressequidos e empalhados de Aníbal e Ferreira Leite, com algumas excepções, que faram relembrar a batata arrebitada da nossa Golda Meir de Vilar de Maçada. Olhe já amanhã para o espelho, e veja se eu tenho, ou não tenho razão...

    The Braganza Mothers"

    segunda-feira, 7 de julho de 2008

    Correio da Lola - Terá a Lola ardido nalgum vão de escada?...

    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


    Querida Lola:
    Lembra-se de mim?... Sou o Serafim Saudade, fizémos, uma españolada, há 20 anos, ali para o lado do Parque... Fiquei muito preocupado consigo, ontem, ao ver a Avenida da Liberdade da arder. Só deus sabe a angústia que me deu de a menina ter sido apanhada pelas "lavaredas", nalgum vão de escada...
    (Serafim Saudade, Calçada da Glória, Lisboa)


    Querido Serafim:
    Os registos das minhas españoladas são como os Livros de Termos da extinta Universidade Independente: ao fim de um certo tempo faço, "delete", e queimo-os logo, para não ficar afogada em melancolias de homens bons que já se foram... No tempo em que ainda havia homens, e não galheteiros proibidos pela ASAE, à espera, o tempo todo, de que lhes metam dentro palitos de ponta grossa... Claro que não fiquei presa nalgum vão de escada a arder, filho. Eu sou das finas, não sou uma puta daquelas que atacam nos Restauradores, eu só frequento a parte de cima da Avenida, perto da Vuitton, da Armani, do Deutsch Bank, e dessas marcas todas... O ideal, mesmo, é a esquina da rua das traseiras do "Diário de Notícias", a 100 metros da Dª. Senhora Câncio, se houver algum acidente, começo aos gritos, e vêm logo os guarda-costas que o Estado paga para o pau-de-cabeleira, acudirem-me... Olhe, eu sei que vai achar horrível o que eu vou escrever, mas, para mim, que passo a noite neste deserto que é a Lisboa depois das 22.00 h..., querido, por mim, os que pegaram fogo aqueles pardieiros lá de baixo, só fizeram o que se faz, há muito, em Milão: sempre que um processo não avançava, deitava-se fogo à baiúca, e construía-se a seguir!... É o Método Champalimaud, e deve escrever um email à Drª. Leonor Beleza, e ao Dr. Dias Loureiro, que eles explicam-lhe já como se faz e como funciona. No fundo, eu queria era que incendiassem, mas era, os prédios não-devolutos, aqueles que estão ocupados pelas agências de agiotagem, pelos seguros, pelos bancos, pelas empresas, pelos escritórios, pelas lojas de merdunças, e que fazem que a cidade fique um sahara, a partir do cair da noite. Que pegassem fogo a essa cidade morta, e deixassem em paz os vãos de escada dos prédios devolutos, que é aí que a cidade ganha actividade, pela noite dentro. Cada prédio em ruínas é uma Nova Iorque fora de horas, cheia de vida e comércio... tradicional, maridos que ali descarregam nos "air-bags" das travecas toda a violência doméstica que, em caso contrário, iriam praticar nas esposas e nos filhos, estudantes longe de casa, que vêm procurar em nós aquilo que as namoradas não fazem, árbitros desesperados do "Lohby"... meu deus, cada vão de escada abandonado é como um recife de coral, um pequeno paraíso a preservar!... De cada vez que arde um, perdem-se não sei quantos espécies endémicas. Adorei ver aquela velhinha, que saiu de casa só com as chaves: somos grandes conhecidas, e, quando eu era mais nova, era para o andar dela que tocava, para me abrir a porta da rua.... dizia-lhe sempre que era engano, mas ela, muito caridosa, facilitava-me sempre a vida. Também fui honesta com ela, e engoli sempre, não lhe sujando o patamar!... Quanto ao resto, aquelas montras de néons, e vazias a noite inteira, aqueles balcões muito polidos, aqueles monitores tft e poltronas "hi-tec", à média luz... querido, era só organizarem uma brigada do parte-vidro, deita-gasolina e acende um fósforo, que eu me tornaria imediatamente numa Nera Burning Lisbon, já hoje. Se calhar, nem era preciso, porque já corre aí o boato da electricidade estática ligada aos incêndios, sim, filhos, a electricidade estáticas de HORAS e HORAS, num frenético mete-e-tira... Kisses!...


  • The Braganza Mothers"
  • Um espantoso aniversário

    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
    Imagem (nem a propósito, os homens geniais são sempre premonitórios...) do KAOS
    Hoje, estava eu na rua -- domingo é sempre dia de putice... -- telefonam-me a dizer que o Noticiário da SIC tinha aberto com a espantosa frase, "Começou a Época dos Fogos, e Sócrates, mais uma vez, não está em Portugal..."
    Lembrava-me lá eu disso, mas parece que tinha sido na "Belle Époque" dos Safaris de Elefantes de Tromba Rija, no Quénia, com a Câncio a fazer de guarda-sol, e em que o Sr. Arquitecto Pinto de Sousa ainda podia sair livremente à rua, com a sua segunda esposa, sem imediatamente -- parece que o homem até é uma pessoa decente e pacífica -- ser insultado, abaixo de cão, por tudo aquilo em que o filho transformou Portugal.
    A verdade é que Sócrates está em España, porque parece que o irmão teve um azar, e teve de ir fazer um desmancho a Badajoz, e logo alguém se aproveitou para pegar fogo à Serra de Sintra, e tentou fazer um Segundo Incêndio do Chiado, em plena Avenida da Liberdade. É justo: a floresta é de todos, Português, pega fogo à tua parte...
    Quanto à Avenida da Liberdade, só simbolicamente é que no Consulado de José Sócrates, alguém se lembraria de lhe pegar fogo: sinais dos tempos, e do homem que, depois de Salazar, e mesmo pior do que Cavaco, mais desprezou a palavra LIBERDADE. Não estou com muita pachorra para ir ver onde é, mas dá-me ideia que é um prédio em que, antes de o Santana emparedar vãos de escada devolutos eu até aproveitava para fazer umas das minhas porcarias nocturnas... Gosto daquela zona: quando era adolescente, telefonava para a célebre "Pensão Suíça", onde trabalhavam as Carolinas Salgado de então, a dizer que a bófia vinha ali, e eles agradeciam logo (!), e mandavam as meninas para dentro. Enfim, sempre gozador e filho da puta (eu).
    Hoje, celebra-se também a independência da Venezuela, e o blogue "As Vicentinas de Braganza" foi, há um ano, reaberto, à pressa, depois de ter sido obrigado a fechar portas, mercê de intrigas de serralho, para hoje se reacender, em todo o seu esplendor, neste nosso novo espaço de "The Braganza Mothers".
    Se hoje me perguntassem o que levou ao encerramento do primeiro "The Braganza Mothers", poria os olhos no infinito, e responderia friamente: o "Braganza" fechou devido à Natureza Humana, assim como, pela Natureza Humana, agora voltou a reabrir.
    Aqui estamos todos, vivos e de boa saúde, leitores, comentadores, ex-membros, novos membros, assiduamente visitados, e genericamente considerado um espaço de referência, quer pelos nossos muitos amigos, como pelos nossos poderosos inimigos. É, portanto, o dia ideal para lançar uma chuva de abraços e beijos para todos os que tornaram possível este nosso projecto. Não me perguntem para onde vamos, pois só sei de onde vimos, e com que intenções partimos. Já por diversas vezes anunciei que o "Arrebenta" é uma ficção com uma existência finita, e não sei se resistirá a uma coisa tão lúgubre, como uma triangulação Cavaco-Sócrates-Ferreira Leite. São três figuras que, ao contrário de Portas, que, nos bons tempos, me inspirou dos melhores textos de sátira -- vou, brevemente, tentar fazer uma republicação aqui, dedicada ao Paulo Pedroso (eh, eh, eh...), que, por acaso, era dos primeiros a rir-se com eles -- nada me dizem, e imediatamente me levam a mudar de canal, nas suas aparições.
    Uma palavrinha de luto para o Sr. António Costa, a quem este incêndio da Avenida da Liberdade vai custar alguma coisa, e ao seu inimigo surdo, José Sócrates, que apanha com mais uma imprevista nódoa nos seus assaloiados fatos de marca. Não há hábitos que façam o monge, e aquela penca arrebitada cada vez mais deixa entrever o merceeiro que tem na alma... Juntamente com a palavrinha de "deuil", os parabéns aos especuladores imobiliários, que imediatamente irão arranjar algo de hiperbom, hiper-imaginativo, e hiper-CARO, para a Avenida mais nobre de Lisboa, Finalmente alguma coisa mexe, no marasmo das últimas semanas, upa, upa, Mota-Engil, cala-te boca...
    Por fim, uma palavra de saudação para os que, persistentemente, ao longo deste ano, nos tentaram, por diversas formas, destruir: águas passadas não movem moinhos. Que Deus -- se fordes crentes -- vos perdoe, assim como nós já vos perdoámos... e esquecemos.
    Muito boa noite, e cuidado com o fumo.

  • The Braganza Mothers"
  • domingo, 6 de julho de 2008

    Pequeno contributo para uma grelha hermenêutica, de pendor estruturalista, para uma melhor compreensão dos comentários dos blogues

    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
    Imagem do KAOS
    É sabido que gosto de pairar nas Estratosferas: é a minha casa, o meu meio e o meu modo de ser. Não trocava nenhum telejornal, a não ser aquele, célebre, e esperado, do Dia do Juízo Final, pelos poucos minutos do "Clair de Lune", da "Suite Bergamasque", de Debussy.
    Infelizmente, o quotidiano não é construído sobre essa infinita poética plural da flexão do tempo psicológico, como tão bem o definiram Bergson, e Proust ergueu à categoria de arte infinita, em "À la Recherche". Poderíamos prosseguir pelas citações, e referir aquele lugar comum, que, tantas vezes associamos ao mundo arcaico de Bruckner, esse pietista medieval, que conviveu com comboios, exposições universais, e invenções de Thomas Edison: no diálogo com Deus, o Tempo não existe. Poderíamos ir por onde quisessem, até se nos defrontar a Realidade.
    Para nós, Noonautas, Blogonautas, ou Navegadores do Feérico, o cair na Realidade pode ser uma coisa tão elementar como uma mera linha, inserida numa caixa de comentários, depois de um belíssimo texto, de um poema apaixonado, ou de uma dolorosa confissão, em que alguém, a sombra, o objecto errático, o pequeno carrasco do teclado, destroem, com um pontapé despropositado, todo o enlevo da nossa acção.
    Como num final de século, todos nós, nos nossos diversos meios, nos tornámos nefelibatas, e esperávamos que este Admirável Mundo Novo, que é o das Virtualidades trouxesse, à flor das águas, o melhor da Natureza Humana, o mito de Rousseau, e não a sátira de Voltaire, por mais que me agrade a segunda, e detrimento do primeiro, do qual a Vida me tornou essencialmente céptico. Mas, como Pangloss, e essa intocável língua viperina do Século das Luzes, que tentou trucidar um dos textos mais belos -- desculpem-me a confissão -- o "Discurso de Metafísica" de Leibniz, em paráfrase, direi que vivemos, com toda a ironia que isso possa conter, na melhor das Virtualidades possíveis, e aqui, eu, voltairiano na escrita, tenho de prestar homenagem ao grande Leibniz.
    Nós, refugiados do mundos dos bits, somos, à maneira de Píndaro, a sombra de uma sombra, ou, já que vamos pela Cultura adentro, não passamos da nova memória da Caverna perdida, da alegoria de Platão, com a Caverna a ser aquele Real que tanto nos desiludiu.
    Construímos formas, evocamos memórias, tecemos conjecturas e sofremos o refluxo das marés, na forma de comentários, que, num universo idealizado, deveriam ser a correcção, ou a resposta a um repto, em forma de monólogo, que lançámos, na forma erudita do texto. Algures, a meio de uma conversa, desconstruí um dos piores tiques da nossa convivialidade discursiva, que invadiu, em tempos, a atmosfera de todas as nossas conversas. No vazio do Discurso, como no vazio dos comentários, houve um tempo em que era moda inaugurar uma intervenção com um "É assim", como se uma conclusiva pudesse ser socialmente viável, no tempo exacto em que se entabulou um diálogo....
    "É assim" é uma das mais pobres expressões emocionais que poderá invadir qualquer debate de ideias, mas é, como muitas vezes pude presenciar, a Lei do Mais Forte, aplicada, através da Violência da Emotividade, à frágil teia da Argumentação.
    "É assim" está, para o Espírito, como um bíceps tatuado para uma aparição de Daphné, no momento exacto da Aurora, e as nossas caixas de comentários, repercutindo todos os vícios da Atmosfera, estão cheias de insuportáveis "é assins", onde qualquer argumentação posterior se torna irremediavelmente impossível.
    Um guião para uma consulta das caixas de comentários poderia ser uma importante sugestão para quem reflecte, há muito, e a sério, sobre todos os fenómenos da virtualidade. Por ser tão contestado, poderia aqui invocar Paulo Querido, e acho que seria uma boa pessoa para desafiar. Tudo o resto, no meu texto, não é mais do que um breve guião, na forma estruturalista, para ajudar à complexa estrutura dos comentários. Para os especialistas em Teoria da Literatura -- não é o meu caso -- que tenho uma formação científica dura, todos os argumentos, por exemplo, se resumem a um número finito de formas, assim como, numa topologia ensaiada, todos os comentários se reduziriam a um número finito de estruturas. Deformando Anah Arendt, ao substituir o papel tradicional da Realidade, a Noosfera está para a Atmosfera como a Escola para a Família, ou seja, falhadas a Família e a Realidade, a Escola e a Virtualidade são chamadas a assumir papéis que deveriam já estar ajustados a montante.
    Posso cair no vício do descrecionismo, embora tentando adoptar uma postura estrutural: se começássemos pelo Behavieurismo, tínhamos o clássico "Comentário-Skinner", aquele que empurra, pelo estímulo positivo, e pune, pelo estímulo negativo. Isto pressuporia uma pedagogia e o esboço de uma didáctica: infelizmente, não traduz, na maioria das vezes, mais do uma das facetas da Maldade Humana, ou fisicamente falando, uma tentativa de introduzir Entropia em Sistemas geralmente próximos do Equilíbrio. Um dos piores desses exemplos é o caixote de lixo em que se converteram as interpelações dos textos de António Balbino Caldeira.
    Nisso, Prigogine acaba por ser sarcástico, e, citando, à sua maneira, Poincaré, diz que, colocadas lado a lado, uma caixa cheia de gás, e uma outra vazia, e estabelecida a comunicação entre as duas, pela óbvia Dinâmica dos Fluídos, o gás da primeira tenderia para se escoar para a segunda, mas, sendo esta transferência regida pelos Movimentos Brownianos, uma vez estabelecido o equilíbrio, nada impediria que os gases acumulados na segunda caixa, por uma aleatoriedade do movimento, voltassem, num dado momento, a reunir-se todos na primeira caixa. Friamente questionado sobre o tempo necessário para esse fluxo, Prigogine associa-lhe "mais do que todo o tempo do Tempo(!)"...
    Ora, nós, blogonautas da virtualidade fria, dispomos de tudo, menos da totalidade do Tempo. Vivemos mergulhados no Efémero, e não podemos permitir que as brechas abertas numa excelente estrutura por comentários erráticos possam levar todo o tempo do mundo a restabelecer um equilíbrio e harmonia necessários, e evidentes. Torna-se, pois, útil tentar categorizá-los, já que o identificá-los é, também, uma forma de os exocirzarmos.
    Já identifiquei, pelo seu carácter óbvio, o estímulo positivo e o negativo. Eles dividem-se, depois, em diversos sub-tipos. Há o comentário exaltado, que leva a que suponhamos que o nosso texto desencadeou revoluções; temos o comentário erudito, que nos leva a crer que nos movemos numa irremediável menoridade literária e intelectual; reconhecemos o grito da maçada, do não-estou-nem-aí, que pressupõe um penar, desse leitor/a até a um tempo ainda mais longo do que o de Prigogine, para que pudéssemos ser... alguém; temos o comentário didáctico, que se solta de um teclado com pretensões e se esgota na mossa emocional que provoca; lemos o comentário da ameaça, que deixa pressupor, quando vamos para a cama, uma multidão de "jack-the-rippers", a perseguir-nos, mal a próxima manhã se levante; há a ofensa cobarde, que tende para semear a desmoralização; há a máxima vexatória, que incide sobre supostas deformidades físicas, intelectuais ou sociais; há o dedo acusatório do sei-tudo-sobre-ti, que mais não pretende do que semear o desânimo e a dúvida; há o comentário obsceno, que nos atirou para uma escatologia enformadora de um civismo da Cauda da Europa; há o intelectual, que nos faz perder, nas suas teias, as hipóteses sensatas, levantadas por um texto simples; há a meia linha erudita, que nos recorda nada termos lido, e a meia linha néscia, que nos faz pensar que lhe faria bem ter lido mais um pouco...; há a conciliadora, que parece vir em auxílio de um cenário de desordem, que a mesma mão pode ter criado, através da adopção de diferentes máscaras; há a agressão pura, nihilista, que deixa antever que não é só texto que deve ser destruído, mas o próprio espaço onde foi publicado, e, mais grave ainda, a própria mão que o escreveu.
    Este não é mais do que um esboço de tipologias. Outros o melhorarão, Foi ditado ao sabor da pena e da emoção, na madrugada de 6 de Julho de 2008, com o país em plena agonia cultural e económica do triângulo Sócrates-Cavaco-Ferreira Leite. Nos últimos dias, cultivámos o humor, através dos disparates que nos foram aparecendo nas nossas próprias caixas de comentários. Muitas vezes, a aparente polifonia, não é mais do que a desagregação mental de uma única personagem. Como na Atmosfera, há os que passam dias inteiros a construir, e aqueles que, com uma só linha, um só gesto, ou um só pensamento, tendem para tentar destruir árduas horas de reflexão e trabalho. Devemos ter paciência e não excluir a Piedade. Por vezes, a maldade aparente esconde uma patologia; por vezes, o excesso de barulho, como escreveu um dos muitos fantasmas que, infaustamente, já povoou esta Net sem limites, "Nem tudo o que ostenta, faz alarido, parece, é. Às vezes, o ruído, o "bater de pratos", a indignação, correspondem ao desejo de esconder, de abafar - com muito, muito barulho - algo de absolutamente inaceitável."
    É possível que sim, mas isso não nos diz qualquer respeito.
    Este texto foi escrito ao sabor da pena, e gostaria de ter sido mais rigoroso na caracterização das tipologias que se comprometeu descrever. Falhou no que propunha. Todavia, como todos os esboços, é um desafio para que todos vocês, leitores, comentadores, e futuros teorizadores das coisas virtuais, o venham a poder melhorar.
    Obrigado pela vossa atenção, nesta magnífica -- é, não é?... -- noite de Verão
  • The Braganza Mothers"
  • quinta-feira, 3 de julho de 2008

    Ingrid Bétancourt

    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
    Sim, pois, claro, o momento é de festa. Há certos ícones da Aldeia Global, que incarnam... -- que disparate... essa é mesma a definição de ícone!... -- os direitos, a fragilidade, o poder passivo da resistência e da independência. É uma mulher, para mais, e tem escrito, na cara, a força inteira de um carácter. Todos estamos de parabéns, e eu podia ir por aí fora, mas vou virar já ao registo negro, para ver se ponho, ao mesmo tempo, às canelas, a E-Ko e o Pedroso.
    Então, lá vai: com a libertação de Bétancourt, há um parceiro que imediatamente enfraquece, o seu vizinho Chávez, que nem se calla nem deixa de falar cada vez mais alto. Não gosto nem um pouco da cara do homem, embora reconheça que é como o Alberto João, e, de quando em vez, diz o que muita gente precisa de ouvir. Afora isso, é um ordinário sul-americano, que, a não acreditar nas teorias da conspiração, ajudava as milícias criminosas da Colômbia a manterem o país como estado-pária. A Colômbia, há muito, desempenha um papel geo-estratégico importantíssimo na região: está, para Nova Iorque, como o Egipto estava para Roma, ou seja, é o seu celeiro de trigo mais próximo. Obviamente, o trigo, aqui, chama-se COCA, o motor indispensável para qualquer executivo ou especulador de bolsa, antes de começar a manhã em Wall Street. Vi vários, como no "Psicopata Americano", a sniffarem, à pressa, ao pé dos latões do lixo, no próprio punho da camisa Armani, antes de entrarem na sala da voragem dos números, onde a tesão de lixar a vida a 100 000 almas no BanglaDesh bem vale a subida de umas quantas centésimas num valioso título, projectado no enorme TFT. Em princípio, a coca, por espantoso que pareça, vai passar a valer menos do que o Petróleo, e convém começar a garrotar, desde já, Chávez. Eu sei que se perderam no meu raciocínio, mas eu vou ajudar-vos a chegar lá: mal se reapresente nas urnas, Bétancourt -- que tem muito bom ar -- será eleita, e porá a Colômbia nos eixos, desequilibrando as coisas contra o tarado do lado. Será, E-ko, a mulher da América, na Colômbia..., ah, sim, pronto, já sei que chateei os dois, mas agora vai um bombom: foi libertada -- e não há coincidências, como diz a MRP -- no segundo dia de glória de Sarkozy e com a ajuda, óbvia, evidente, e indispensável, da Senhora de Fátima, quer dizer, da Senhora de Fátima, mais de uns helicópteros e da "inteligentzia"... americana, e... olha, para completar o cenário, completo a alucinação: americana e israelita.
    Há guerrilheiros muito parvos, não há?...

  • The Braganza Mothers"
  • terça-feira, 1 de julho de 2008

    O "Braganza" errou: afinal, o odor de cadáver, as pielas, a Judiciária era tudo... mentira


    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
    Ontem, o país que pensa com os pés apanhou com uma bolada nos cornos. Pensámos que fosse o fundo, mas não era, ainda íamos perder qualquer coisa mais, com o célebre mito da invenciblidade da Polícia Judiciária. Tínhamo-nos esquecido dessa. Podiam ter fundido a inocência do Pinto da Costa com a culpa do Bibi, e dávamos três em um. A seguir, deve ir a aura dos melhores pilotos de avião do Mundo, e acabarem as palmas saloias nas cabines dos Eurobus. Com um bocado de sorte, um incêndio ateado no Pinhal de Leiria consumirá o infame Idolatrário de Fátima, e a Mariza pode continuar a cantar como canta, para o Fado seguir o seu fado. A partir de hoje, a Europa é governada pela nova Madame Du Barry. Da última vez, acabou com um cadafalso. Desta, só luxos, inflações e amanhãs que cantam.

    segunda-feira, 30 de junho de 2008

    O país que perdeu em tudo

    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
    Imagem do KAOS
    (NOTA: ESTE TEXTO FOI-ME DITADO A MIM, LOLA CHUPA, PELO ARREBENTA, EXILADO EM CAPRI, ATRAVÉS DE UMA MESA DE PÉ-DE-GALO, IMITAÇÃO ESTILO "QUEEN ANNE")
    Para eu vir aqui falar de Futebol, imaginem em que estado de degradação a Coisa já não está... Pois está, e ainda bem que a España ganhou hoje. Não tenho nada de Iberista, sou Europeu, Ocidental, adulto e Zulu, e, por isso mesmo estou felicíssimo com que o País-que-pensa-com-os-pés tenha apanhado um valente pontapé indirecto. O Futebol, coisa que execro, ao mesmo nível dos Gatos Fedorentos, dos carros de alta cilindrada -- e tenho vários que me levam onde eu quiser, é só pedir -- e das produções do Nicolau Breyner, por muito que se queira, ou não queira, é uma das manifestações da cultura popular contemporânea. Acontece que não vai lá com causas naturais nem milagres da fé: vai com trabalho, com uma envolvente que não seja permanentemente nociva e ácida, e não é fruto de um deserto, é o estructo de toda uma maré civilizacional. Não é às finais de Futebol que a España chega, não, a España chega às finais de Ténis, de Dança Artística e de imensas outras modalidades que agora me escapam, e só lá chegou porque levou um valentíssimo virote, desde que o Generalíssimo Franco bateu a bota, pensando que deixava o futuro nas mãos de mais um inapto Bourbon, e para azar dele, o Bourbon não era inapto, e até se chamava Juan Carlos.
    No mesmo tempo de integração europeia, a España deu dos mais fantásticos saltos que qualquer novo membro poderia dar: fez o luto com a Direita Extrema, arrumou os crucifixos no seu sítio próprio, as paredes das Igrejas, disse aos Ministros Opus Dei de Franco que tinha cartilhas mais interessantes para se reger, autonomizou-se, tornou cada uma das suas Regiões orgulhosa consigo mesma; montou uma rede de Alta Velocidade, fez as Revoluções Sexuais, pôs no Governo mulheres com ar avançadíssimo e europeu, teve González, que, desculpem-ma lá, mas vai sair, adorava, como eu, bonsais, acatou Aznar, e pô-lo fora, através de um memorável movimento cívico, casou um Príncipe com uma dactilógrafa anoréctica, e aceitou tudo com um sorriso simples, bate-nos nos salários, nos preços, na Cultura, na Pintura (meu deus, o que España já deu à Pintura!...), na Música, na Literatura, no Turismo, em todos os indicadores de qualidade de vida.
    O que aconteceu hoje foi a mais vigorosa lição de patriotismo com que poderíamos apanhar nos cornos: finalmente, disseram-nos, preto no branco, que tínhamos falhado em tudo, sobretudo na nossa (deles) última esperança, a Merda do Futebol. Adorei ver as expressões de desilusão pela rua, porque o macho lusitano, mais a sua legítima de bigode, tinham sido atingidos com uma patada subliminar no seu brio. Afinal não bastava deitar os búzios, comprar gel, pagar orgias a putas inglesas, para se esconder a impotência, manter o segredo, os oráculos dos "balneários", os "misteres", os milhões do branqueamento, a fuga ao fisco, os apitos de todas as cores, a arrogância de uma escumalha que não sabe alinhavar a ponta de um discurso, e que, saída da barraca, tem uma tripla acção nociva, e continuada, sobre a nossa sociedade cataléptica: 1) espalhar a ideia de que a barraca pode produzir ouro; 2) que todos nós -- e este "todos" é uma mera generalização literária -- estando, na barraca, muito quietinhos -- poderemos ter, um dia, por obra e graça, direito a uma meia qualquer meia horinha wahroliana de glória; 3) que a barraca tem, afinal, uma função histórica e social, algures entre os Planos da Zona Ribeirinha e os Planos de António Vieira, António Quadros e Fernando Pessoa para a génese do Quinto Império.
    A grande mensagem do Futebol, em Portugal, foi que a persistência da Barraca poderia conduzir ao advento do Quinto Império, igual à Jerusalém Celeste, idêntica em comprimento, altura e largura.
    Quando vejo passar os "Meninos de Ouro" penso sempre: será que estes meninos de ouro, nos intervalos do seu ócio de meio neurónio e do seu narcisismo, fortemente alimentado por uma sociedade potencialmente homossexual, que não percebe que está a efectuar cópulas mediadas, e mediáticas, com estereótipos de homens com que nunca assumiriam poder sentir desejo, e que leva "as gajas" atrás, para fingir que está tudo bem, será que estes meninos de ouro não poderiam ter feito um pequeno esforço para apagar a Barraca de onde (quase) todos vieram, e erradicar a Barraca do nosso imaginário e penitência históricos?...
    Não podem.
    Para isso era necessário que soubessem o que era uma Barraca, e isso vai muito além do que poderiam sonhar, e radicaria nos Estóicos, e nas turbulências por eles provocadas em todo o Pensamento Físico e Metafísico futuros. O Atomismo da Barraca. A Barraca é sair dela, como diria Álvaro de Campos, e passar direitinho para um buraco, entre a cona e a baliza, e um par de mamas, de alta cilindrada, cuspindo para o chão, e cuspindo para trás e para o lado, para cima de todos nós, que pagamos este folclore caríssimo, que mais não é do que uma metáfora do desastre presente.
    Hoje, dei comigo a olhar para o Velhote, o Aragonés, e a sentir uma enorme simpatia por ele. Parecia, ao nível do pé, Lao-Tsé, e isso é complicado, sobretudo quando pomos a comparação naquela coisa dúbia, pegajosa e venal, que agora foi trabalhar para a Máfia Russa do Chelsea. Máfias, Russas, dinheiros sujos e alternidades, nisso, sim, somos exímios.
    Gostei de ver o Rey, e sentir que era uma PRESENÇA, ao contrário do Aníbal, que sempre que aparece, imediatamente traz às memórias da mente e do coração um corropio de anedotas rascas, piores do que a qualidade dos tecidos que a Maria veste. Gostava de saber se Zapatero, ou Asznar, andaram na "Independente", e se se teriam mantido no posto, se tivesse havido um escândalo de diplomas, como houve por cá. O Duque de Féria foi à vida, com o escândalo da Casa Pia de lá, e era Grande de España. Baltazar Garzón foi a Santiago buscar, pelas orelhas, o criminoso Pinochet. A España abriu precedentes de condenação internacional, para criminosos sem fronteiras, e não os coloca na OCDE, ou lhes arranja exílios dourados onde calha.
    Portugal é a sombra que se desenha no chão, sempre que a luz da Europa incide, em cheio, no perfil da centrífuga España.
    Hoje, num extremo ao outro do quadrado cispirenaico, com todas as suas nacionalidades e tradições, sentiu-se um momento de unidade, e nós apanhámos com as sobras psicanalíticas em cima, e vamos ficar meses a fazer a (in)digestão.
    Eu sei que isto já chegava para o texto de hoje, mas quero ainda partir um pouco mais: a China, parca de recursos, e carente de energia, lançou mão a tudo o que pode em Angola, e apoia descaradamente aquele cangalho insolente do Zimbabué, porque só tem a visibilidade que lhe dão. Os últimos a apertarem-lhe a mão foram os dois escroques que a nós, Europeus civilizados, apertam o pescoço: Sócrates e o "Cherne". Disseram-lhe que estava tudo bem, e ele podia continuar, e ele, preto, velho, badalhoco, racista, homófobo, assassino, misógino e todas as outras qualidades que um ser humano pode reunir, acreditou, e passou a sofrer da Síndroma de Saddam: "eles" nunca se atreverão a fazer-me mal... Aparentemente a Condolezza, outra das nódoas da nossa Contemporaneidade, já lhe tirou o tapete e revelou o verdadeiro jogo: as Potências preparam-se para redesenhar o Mapa-Cor-de-Rosa, de Angola à contra-costa: primeiro, um artolas cantador, que disse que Luanda era governada por criminosos -- espantosa novidade... -- e, agora, ao lado, temos o novo alvo, e só Mozambique está salvaguardada, porque os "Boers", cabelo cenoura e olho azul, foram para lá recosntruir a perdida África do Sul. A China é discreta, mas, ao atacar-se o Mugabe, o tiro é para atingir Pequim, como se no Mundo não houvesse outras prioridades ao nível do Zimbábue.
    Infelizmente, neste "Príncipe" alargado, o Príncipe da Baixaria, a lei continua a ser a do toma-lá-dá-cá: levais a Coreia do Norte, que não vale um caracol, e deixou de ser O MAL (!), em troca, nós avançamos pelos recursos africanos. Olha, querida, por que não fazes antes um ensaio geral de indignação na Birmânia, em Darfur nos desgraçados todos de cujas terras já nem me lembro, mas não têm recursos debaixo dos pés?... Esse é o próximo filme, no dia em que, psicanaliticamente, apanhámos um valente pontapé nos colhões. É certo que ficámos sem nada... perdão, errei, ainda temos Fátima, a Mariza, e 93,7% de sucesso nas Provas de Aferição de Matemática, e podemos dedicar-nos a fugir da bomba sem pagar, ao "carjacking" e a inaugurar os fogos-postos nas florestas, que a época oficial abre amanhã. Civilização, suponho eu.
  • The Braganza Mothers"
  • domingo, 29 de junho de 2008

    Divinamente colados ao Poder

    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
    Imagem do KAOS
    Os saloios de Boliqueime estão em Roma. O Homem dos Perdigotos, que está à frente de um país a cair literalmente da tripeça, e só abre a boca para deitar os tais perdigotos, é muito célere a opinar sobre tudo, o Mugabe, a Irlanda, o Scolari, mas devia falar dos tiros em Portimão, dos calotes de tudo contra todos, da EDP que quer cobrar uma taxa que me vai fazer levantar um movimento de protesto que nem vossas excelências imaginam até onde eu o vou levar, oh ho, e... ah, o Bimbo da Bomba foi pedir ao Papa que desse um jeitinho na Irlanda, e já estão vestidos para a Conquista. Acontece que o Papa não é um Papa, quer dizer, é, mas no sentido dos Borggia. Para além disso, não passa de um facínora, cujas ideias estão invariavelmente viradas para aumentar o sofrimento humano e o Poder dos Senhores do Mundo. O outro foi a mulher-a-dias deste, mas isso é indiferente, porque a própria Itália voltou a ser governada por direito divino, e, sobre Berlusconi, só Deus (que não existe) tem agora poder. O Cavaco a chegar, e ele a partir para a Líbia, que é um oráculo de poderes absolutos e vitalícios. Crê-se que Sócrates visite brevemente Mugabe, para também aprender "como é que se faz". A Maria, por seu lado, é a metade de um Casalinho de Nossa Senhora, de maneira que também já tem a sua eternidade, a qual alcançará ao lado do seu Aníbal, cujo alcançar do Topo da Base será ter o segundo mandato cumprido, e bem certinho. Nessa altura, já seremos uma Região Autónoma da Galiza, com capital em Vigo. Quanto a Ratzinger, dá lições a todos: fez-lhes acreditar que tinha sido eleito pelo Espírito Santo, mas não foi, porque essa instituição não lava capitais, nem trafica armas, em Roma: foi eleito por um bando de velhos senis, que pensavam que ele ia durar dois anos, mas durará 20, e só de lá será tirado, como Mugabe, Kadafi, Fidel, Aníbal e Sócrates, por Deus, perdão... foi um lapso... pelo próprio Diabo.
  • quinta-feira, 26 de junho de 2008

    Este é o Bom Povo Português


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    Estes animais votam, decidem o seu e o meu destino, usufruem dos nossos impostos. Se nos cruzarmos com eles, respiraremos o mesmo ar que eles respiram....



  • The Braganza Mothers"
  • quarta-feira, 25 de junho de 2008

    Sarkozy: Mais vale suicidar-se do que ser suicidado...

    Imagem do KAOS
    Só dEUS e a defunta Irmã Lúcia sabem quanto eu adoro Sarkozy. Depois da Europa ter entrado na sua "berlusconização", ainda pensei: pronto, batemos no fundo, esquecido eu, de que desde os Evangelhos e Álvaro de Campos, quando há fundo, também haverá fundo do fundo, e ele aí veio, primeiro, Durão, e depois Sócrates, e, ainda, Sócrates em mau, na pessoa de Sarkozy.
    Sarkozy é o mais perigoso político europeu, desde que um, com a mesma voz e bigodinho de Jaime Silva, aflautava, para multidões, o Fim da História, em Nuremberga...,
    mas,
    lá me desculparão, ainda terei de fazer uma pequena deriva pelo palheiro nacional. Desde que, em Guimarães, fundada quimericamente, pela Condessa Momadona (valente brochista devia ser, com um nome desses...), se juntou uma coisa chamada PSD que eu aprendi a dar valor à prata da casa. É sabido que sou um apaixonado das florestas tropicais, dos ambientes de permanente estio e floração dos perfumes, não naquela versão do para-turista-ver, mas na vertente de passar lá tardes inteiras enfiado, e mesmo à noite, quando os estranhos habitantes saem dos seus ninhos e começam a enorme polifonia da escuridão, deus meu, que riqueza, desde Messiaen, mas isto era uma deriva de quem está morto para se ir embora daqui, porque o que eu queria alegoricamente dizer é que Sócrates e os seus lacaios, aquela fauna menor, e exótica, no mau sentido, subitamente brilham, e até parecem vivos, depois de ver a Bruxa do PSD e o seu séquito de figurantes. Para ser mais explícito: vai, entre o horror presente, de Sócrates, e o horror futuro, de Ferreira Leite, a diferença entre um festim de piranhas vivas, e o ar com que as piranhas ficam, depois de dissecadas e empalhadas, no Aquário Vasco da Gama, por exemplo. Que diferença, deus meu, entre a Grande Galeria de Buffon, em Paris, e uma autêntica revoada de urubus, na Praia da Baía Formosa, e isto é só um pequeno comentário, porque, face a tal cenário, é mesmo melhor meter férias, aquando do ir à urna, em 2009. À urna do Sócrates já não vou, porque ele gosta; à da Ferreira Leite nunca irei, porque apanhava alguma doenças dos pézinhos e ficava com a coisa mirrada, só deus sabe, o meu pobre posto de trabalho na forma de algum penduricalho de múmia dos Andes...
    Grave foi ter hoje um homem decidido matar-se, quando Sarkozy e a sua Du Barry embarcavam, depois de terem ido assegurar a Israel que aquela França aguerrida, e com interesses no Médio Oriente, estava... extinta. Para isso a enorme terraplenagem, assegurada pelo Tratado de Bilderberg, que, não fosse a Irlanda, prepararia, já em Julho, todo o Velho Mundo para ser um enorme aterro de aviões piratas dos Interesses Americanos e adjacentes. "Finita est" aquela diplomacia paralela, e algo desgastante, de "l'Hexagone" e da Alemanha, quando a América já sabia muito bem o que queria.
    Duas vezes papámos a factura, e pelo mesmo motivo: nos Idos de 60, quando De Gaulle se preparava para negociar, com o Mundo Árabe, a venda do barril de petróleo, não em dólares, mas em divisas europeias, o franco, "pour quoi-pas?...", e eles nos chaparam, nos braços, com aquele imprevisível menino, chamado "Maio de 68"; a segunda, quando o Saddam decidiu fazer a mesma proposta aos seus con... não sei como é que se diz... pronto, países com a mesma Religião, a transacção do Petróleo, não em $US, mas em €. Toda a gente sabe o que sucedeu, a seguir...
    Felizmente, isso acabou, a Europa, tirando a Irlanda, é agora mansa, desde o Plano para a Zona Ribeirinha (onde uns gastarão energia para fazer ondas em praias artificiais, enquanto outros se esforçam para ganhar energia, a partir das ondas... até pode ser a mesma, suponho que esse segredo é o que o escroque Júdice irá levar ao Parlamento, mas não contem a ninguém,.., schiuuu.. que ainda é segredo...) até aos Urais. Isso mesmo foi Sócrates dizer à Ucrânia, e parece que perguntou ao gajo como é que tinha sido envenenado, não venha a precisar de qualquer coisa de semelhante, para uma emergenciazita, e como Europa mansa, o futuro Presidente dos 6 meses cruciais, Sarkozy, que irá ter poderes com que o Führer nunca se atreveu a sonhar, foi dizer a Israel que podia avançar. Os avanços de Israel já nós sabemos: mal o barril tenha atingido o zénite, ver-se-á que a Economia nem colapsou, mas, tão-só, abrandou, e ABRANDAR é a palavra preferida do léxico de Bilderberg, depois de ESTABILIDADE, e Israel poderá avançar, como cabeça de testa da Guerra Suja: a limpeza das instalações atómicas iranianas é uma questão de tempo, e o Estado Enclave irá fazê-lo, mal desçam os calores do Verão, uns "raidesitos" aéreos, uma enorme poeira atómica na região, e, como A. C. Clark previu [até 2010] uma grande cidade do Terceiro Mundo será devastada nuclearmente. É indiferente qual seja, Islamabad, ou uma afim, no fundo, são tantas, e com uma população, tão, tão.. enfim, tão pouco Mc Donald's.
    Aqui, para mal dos nossos pecados, entra uma frase hermética de Bush, onde a Estupidez, muitas vezes, se confunde com a opacidade dos oráculos. Algures, ouvi-o dizer que temia a união do Islão, em redor de um novo Califado (?). Se ele fosse tão imbecil e ignorante como os nossos Sócrates e Barroso, e falasse o Português, talvez pudéssemos pensar que confundira Califado com Alcatifa, e estivesse a pensar no seu futuro, depois de deixar a Casa Branca nas mãos de McCain. A realidade é que ele não fala Português, para além do seu coloquial inglês técnico fraquito, e a hipótese do Califado é sinistra: é ver um estado de crença muçulmana subitamente devastado por uma calamidade atómica, e os seus vizinhos unirem-se subitamente, numa aliança de indignação, recorrendo à paralisação da extracção do petróleo, a arma mais eficaz e imediata de que dispõem. Em condições normais, isso seria catastrófico, de modo que o Império da Imobilidade deciciu proceder a uma espécie de Ensaio Geral desse cenário, que é aquilo a que diariamente estamos a assistir: preços altíssimos do Barril, e o Mercado, pronto, lá vai sofrendo um bocadinho, mas coisa não pára cmpletamente.
    É como aqueles mentirosos que nos contam uma mentira, bem debaixo dos nossos olhos, para ver se não descobrimos que é uma mentira, ou, usando uma velha máxima, a melhor maneira de esconder algo é pô-la bem à vista.
    Ah, sim, já me esquecia... num cenário destes, vai morrer muita gente, e talvez por isso, aquele militar se decidiu suicidar hoje, bem debaixo dos olhos do criminoso Sarkozy. Deu-nos uma das melhores imagens televisivas "ever"...

    a da putéfia da Bruni a galgar as escadas do avião. Ficámos a saber como é que se processa o sexo no Eliseu, quando eles fazem, escada acima-escada-abaixo, o número da enfermeirita que vai ser violada pelo médico abusador. Só faltaram os guinchos de hiena, quando é apanhada, a meio do corrimão...

    Tenho pena do rapaz que se suicidou. Deve ter pensado que, ao soar o hino, mais valia matar-se do que ser enviado para a Morte, ou por outras palavras, suicidar-se do que "ser suicidado". Como eu o compreendo bem: já por duas ou três vezes na minha vida tive de optar por esse caminho.

    Muito boa noite.

    (Edição hexagonal no "Arrebenta-Sol", "A Sinistra Ministra", "Democracia em Portugal", "KLANDESTINO", "The Braganza Mothers" e "Twingly-Braganza Mothers" )

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  • The Braganza Mothers"
  • vale tudo ou quando o monstro deste país é a justiça







    É assim.







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  • terça-feira, 24 de junho de 2008

    Go to Hell, Sarkozy!... Va te faire foutre, fils de pute, Sarkozy!... Que muerras breve, hijo de puta, Sarkozy!..., Yahvé, al-Akhbar!...

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    Leya AQUI

  • um "anti-americano primário" e o humor negro...








    Estes, vieram por mail directamente de Nova York, esta madrugada... com as 5 horas de "décalage" andamos desencontrados, mas eu sempre acordei para os ver, mas os mails não me diziam que George Carlin não acordaria mais, decobri-o aqui. Ou o malandro teve premonição ou deixou que eu tivesse conhecimento pelos médias.

    Há mais por aqui e o que se vê em primeiro lugar é um pedaço de antologia.




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  • Lembra-se de quantos Americanos estavam na Cimeira dos Açores?...

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    Imagem do KAOS
    Lembra-se de quantos Americanos estiveram presentes na Cimeira dos Azores?... Por acaso, era só um e nem sequer primava pela inteligência. Havia outro, anglófono, que ficará para sempre ligado à Hipocrisia e aos limites que pode atingir a insensibilidade e a mentira políticas. O Terceiro atascou-se imediatamente, quando tentou enganar uma Opinião Pública informada e musculada, a Española. O Quarto era um "penetra" e representa tudo o que de mais imoral Portugal conseguiu exportar. Obviamente são todos inocentes.


  • A bruxa do PSD é o Sócrates com cheiro a bafio


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    Imagem do KAOS


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  • segunda-feira, 23 de junho de 2008

    O fantasma de um som

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    Photo de OSSIANE
    Dia 22 de Junho, a caminho da longa senda do Estio, completaran-se 2 meses sobre a partida da nossa saudosa "Amélia das Marmitas", coitado do Zé Manel, castiço, e exótico, como tudo o que escapa à normalização do nosso empobrecido quotidiano.
    A verdade é que eu trocava dez Ferreiras Leites pelo Zé Manel... Pensei que com a demolição da Feira Popular tivesse acabado o Comboio Fantasma: não acabou. Um dos novos cenários seria ela, em São Bento, e a outra carcaça, em Belém, ou, melhor ainda, a carcaça de Belém, com o "Prime" Sócrates, acompanhado da "Vice-Prime", Ferreira Leite. O estado de degradação do cenário e protagonistas políticos a que chegámos é de tal ordem que... pode ser que acerte mais uma vez, como diz o KAOS que eu tendo para acertar... mas só no mau. A Senhora -- que parece um Ogre -- foi clara na situação dos Impostos, disse que era a Classe Média que os suportava, e que era preciso mais transparência sobre para onde iam. O que eu ouvi é que as nossas necessidades, fruto da vertigem do naufrágio, continuarão a ser pagas pela Clase Média, só que com um diagrama explicativo, a indicar as novas razões do Roubo tácito. Sobre a Classe Alta e os que nunca pagaram... nem uma palavrinha, táquieto, ó meu..., há gente com quem não se brinca...,
    mas,
    22 de Junho é mesmo para invocar uma sombra.
    Começámos as celebrações ontem, na Rua da Indústria, parámos o carro, lá pelas altas horas, mesmo no meio da rua, e eu lembrei-me, naquela minha típica infantilidade, de... ir tocar à porta, a ver se alguém atendia (!). O Santo Sepulcro estava morto de medo, com a porta a ranger, e só dziia, "véi..., eu parece que estou ouvindo vozes!...", e não sei se era verdade, ou não era verdade, porque eu já antes tinha tocado naquela mesma campainha, "post-mortem", e ouvido um som daqueles telefones de baquelite, extremamente estridente, como na cava dos meus bisavôs e avós, mas, desta vez... NADA: a electricidade devia ter sido cortada, e coisa alguma se ouvia, pelo que desatámos a fugir pela porta fora, porque não sei se há fantasmas, mas acredito em que venham, quando os invocam em demasia.
    O resto é muito mais antigo, e vem da epigramática da "Antologia Palatina": "Três vezes dez anos (as bichas são sempre muito mentirosas...), duas vezes três anos: tal é o limite posto à nossa vida pelos profetas celestes. E disso me contento: nesta data se colhem as mais belas flores da vida: ele morreu, ele também está morto [Amélia] que bem três idades viveu".
    E assim prossegue: "Eu estou morto, mas aqui te aguardo; e também tu aguardarás um outro, pois um só Hades acolhe todos os mortais",
    mas a nota mais lúgubre reservo-a, eu, para mim,
    Ó, "Amélia", a serpenteante de todas as estações, que escada e vale e rio nunca houve que te detivessem, com a tua viperina língua, em enorme coisa foste sincera, e nunca falseaste o jogo da envolvedora de mulheres, com cujos maridos noites longas te revolvias. Quis Perséfone que cedo tu te lhe juntasses, para poderes percorrer, à Eternidade, os homens infinitos dos limbos das suas Sombras, e tu, que tanto em vida devoraste, na Morte, irás manter por lá a tua senda. És agora o espólio frio dos vermes que te consomem, mas sei que permaneces, sempre feroz e sempre audaz, a voraz devoradora dos pobres idos que, lá embaixo, se irão ter mesmo de deixar cruzar contigo...
  • The Braganza Mothers"
  • sábado, 21 de junho de 2008

    Você realmente leu o Tratado de Bilderberg?...



    Se não leu, veja este pequeno e encantador resumo...

    Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


  • The Braganza Mothers"
  • Cyberbullying nas Provas de Inglês Técnico

    Há uma alternativa ao "NÃO" da Irlanda, que é o "NÃO" da República Checa

    Banderas Animadas


    Há uma alternativa ao Tratado de Lisboa, que é o "NÃO" da República Checa, que vai impedir o Sr. Sócrates, conhecido em certos meios provincianos pelo "Engenheiro" de dar o mesmo golpe do "Cherne", e saltar do Pântano que criou para a Nova Europa de modelo Indo-Chinês. Vais ter azar e ficar a comer cá a sopinha que cozinhaste...

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  • The Braganza Mothers"
  • O Polvo zanga-se: é pena, porque não voltaremos a assistir a maravilhosos telefonemas, como ESTE...



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